Enquanto a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, chegava a Naypyidaw, capital de Mianmar, para discutir sobre as reformas do governo em defesa dos direitos das minorias do país, tropas do governo matavam civis e incendiavam casas de cristãos a cerca de 450 quilômetros da capital
Na quarta-feira, 30 de novembro, dia em que Hillary Clinton chegou ao país, os soldados mataram uma mulher e feriram outros seis moradores na área de Tarlawgyi Waingmaw, no estado de Kachin.
Outro batalhão do exército incendiou dez casas de cristãos na aldeia de Wai Nam e outras cinco na aldeia vizinha, segundo uma agência de notícia. O assassinato e o incêndio aconteceram após duas explosões que mataram um estudante e feriu outro na noite anterior, dia 29 de novembro.
Segundo um jornalista, os ataques deixaram os civis em Kachin, estado onde estima-se que 90% da população seja cristã, apavorados. A população de Mianmar é basicamente formada por budistas, pertencentes ao principal grupo étnico local.
Os nativos de Kachin e de outras seis minorias étnicas de Mianmar possuem grupos armados ou não que estão lutando há décadas pela independência do atual regime militar.
A pauta da visita de Hillary Clinton, que terminou na sexta-feira (2 de novembro), incluía conversas com o governo militar de Mianmar sobre as violentas repressões que estão acontecendo há muito tempo no país contra grupos étnicos minoritários, que compõem 40% da população do país.
Civis do estado de Kachin já sofreram vários ataques realizados pelo exército de Mianmar desde junho, quando o governo encerrou um acordo de cessar-fogo contra o exército separatista Kachin.
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