Algum tempo atrás, um sanduíche de queijo foi vendido em um leilão por 28 mil dólares. O motivo? As pessoas achavam que era possível ver o rosto da Virgem Maria impresso nele (foto).
Essa não foi a primeira vez que alguém disse ter visto uma “mensagem” divina em objetos comuns.
Alguns cientistas dizem saber por que isso acontece e como funciona. Segundo especialistas, o nosso cérebro é “ligado” e presta mais atenção quando vemos objetos que lembram algo que já conhecemos. Ele automaticamente identifica objetos semelhantes para, em seguida, os organizar de acordo com o seu tipo. É por isso que podemos olhar um boné e um chapéu de caubói e saber imediatamente que ambos são chapéus, por exemplo.
Os pesquisadores começaram a estudar quais partes do cérebro são ativadas quando pessoas veem significado em objetos cotidianos. Eles reuniram 10 voluntários que estavam dispostos a “mentir” em um scanner cerebral enquanto olhavam para rabiscos.
Os voluntários do estudo tinham de classificar os rabiscos conforme as imagens passavam. Eles fizeram uma escala de 1 até 5 como sendo significativos ou não, ou seja, se lembrassem real, como um animal ou um rosto humano.
Todo vez que um rabisco passava, o scanner mostrava que várias partes do córtex visual do cérebro “brilhavam”. Isso inclui uma região específica na parte frontal, conhecida por fazer a análise do significado e da importância dos dados que os olhos transmitem para o cérebro.
Depois, os voluntários analisaram uma série maior de rabiscos, e entre eles estavam os que já haviam sido vistos. As instruções era que eles deveriam escolher os que tinham passado na primeira parte da experiência.
Novamente várias regiões do córtex visual eram ativadas conforme os voluntários olhavam para os rabiscos. Contudo, a região frontal não se alterou quando os rabiscos “significativos” foram exibidos.
Segundo os pesquisadores, isso significa que os cérebros dos voluntários já haviam registrado esses rabiscos na visão anterior como rostos ou animais ou algo mais significativo. Por isso, não havia necessidade de analisarem as formas novamente.
A conclusão é que, muitas vezes, vemos algo e nosso cérebro irá associar à outra imagem já conhecida e catalogada. No mundo de hoje, ainda estamos à procura de padrões importantes. E as imagens religiosas estão no “topo da lista” de importância. Logo, ver Jesus em objetos cotidianos é menos um milagre e mais um “truque” de nosso cérebro.
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