Um vídeo com o primeiro beijo de um casal no dia de seu matrimônio está circulando pela internet e causando controvérsias entre os internautas. A cena tem sido considerada por muitos engraçada e até inusitada. Mas muitos casais, como os do vídeo, optam por esperar até o casamento para terem relações sexuais ou até para dar seu primeiro beijo.
Na opinião do pastor Paulo Falçarella, líder do Ministério da Família da Igreja Batista do Povo, a questão de esperar o casamento para dar o primeiro beijo é um assunto de foro pessoal, passando pela escolha de cada um. “Pessoalmente concordo com a atitude que o casal tomou".
"Mais do que uma questão de certo e o errado, a pureza sexual é a escolha entre o melhor e o pior. A Palavra de Deus nos anima a vivermos o melhor, e por isso ela enaltece a santificação, porque essa é a melhor escolha para o ser humano. Deus quer o melhor para seus filhos: Sede santos porque eu sou santo (1 Pedro 1:16)”, disse ele em entrevista ao The Christian Post.
O pastor Falçarella diz que existem vários níveis de comunicação afetiva entre as pessoas: o nível da linguagem erótica e o nível da linguagem fraternal, como entre pais e filhos.
“é esta a questão: um casal de namorados ou noivos que se entregam ao nível de linguagem erótica, das carícias, está deixando o Reino de Deus para trás, deixando de desfrutar o melhor de Deus em paz, com alegria e sem defraudação um do outro (justiça).”
Ele diferencia os tipos de linguagem, de acordo com a situação do casal: solteiro ou casado. “Fora do casamento, a linguagem ideal e apoiada pela Bíblia é o carinho (phileo) amor fraternal, de irmão para irmão - mãos dadas, beijo carinhoso no rosto, gestos afetuosos, e acima de tudo respeito. Já para o casal, marido e mulher, casados de fato e de direito, a linguagem sobe de nível (eros) - amor erótico, entre marido e mulher somente. Aqui o jogo amoroso, erótico é permitido e celebrado! O casamento é o único ambiente seguro para este nível de linguagem”, afirma Falçarella ao CP.
A respeito das críticas e deboches que o casal vem sofrendo em sites e redes sociais, o líder do Ministério da Família da IBP diz: "mais importa agradar a Deus do que aos homens (Atos 5:29). Quem quer agradar a Deus e não aos homens tem que ser radical consigo mesmo. Ninguém tem o direito de comandar a vida de ninguém! Nem mesmo o pastor.” E acrescenta: “não temos o direito de sermos radicais com ninguém, mas temos o dever, como seguidores de Cristo, de sermos radicais com nosso próprio estilo de vida”.
O chanceler da Universidade Mackenzie no Brasil, rev. Augustus Nicodemus, diz que os Cristãos devem ter como princípio não provocar ou despertar as paixões sexuais antes do tempo correto - que seria após o casamento.
Citando trechos da Bíblia em que Paulo incita à santificação e abstenção da prostituição, além de passagens do Velho Testamento, Nicodemus afirma ao The Christian Post que “casar, ter esposa, contrair matrimônio é o caminho prescrito por Deus para quem não quer ficar solteiro ou permanecer viúvo. O casamento era, sim, uma instituição oficial em meio ao povo de Deus”. Mas adverte: “as relações sexuais fora do casamento nunca foram aceitas, quer em Israel, quer na Igreja Primitiva, a julgar pela quantidade de leis contra a fornicação e a impureza sexual e pelas leis e exemplos que fortalecem o casamento como instituição para o povo de Deus em todas as épocas”
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