O líder muçulmano Hazem Shuman ficou conhecido um tempo atrás ao defender que os islâmicos não devem escutar música. Recentemente, argumentou em seu programa de TV, que é transmitido para todo o Egito, que os judeus precisam ser totalmente derrotados e destruídos.
Um dos motivos para isso é que, segundo ele, “90% dos atores famosos do mundo são judeus e a mídia mundial está em suas mãos”. O resultado foi uma nova onda de fúria antissemita por parte dos egípcios que vivem meses de lutas internas e instabilidade política. Há uma disputa clara entre os muçulmanos radicais e os moderados pelo controle do país. Desde a queda de Mubarak, várias igrejas foram queimadas e muitos cristãos assassinados.
Hazem Shuman citou uma “hadith” (promessas de Maomé), lembrando que os muçulmanos podem apressar a vinda do Dia do Juízo Final matando judeus. Ele invocou o histórico massacre de judeus feito por Maomé no oásis de Khaybar, na Arábia. Também citou o Alcorão 5:82, que afirma serem os judeus os piores inimigos dos muçulmanos.
Ao iniciar seu discurso ele afirma que os egípcios podem exterminar facilmente os judeus se realmente quiserem e sugere uma guerra imediata.
Entre suas declarações polêmicas no vídeo, estão: “Estes judeus são um câncer no corpo do Planeta Terra, livrar-se deles é uma obrigação. Qual foi a nossa resposta quando seis egípcios foram mortos por judeus na fronteira? Convocamos o embaixador judeu para dar explicações? Não. Ele foi expulso do Egito? Não. O embaixador egípcio em Israel foi chamado de volta? Não. Então qual foi a nossa resposta? Irmãos, é sobre a honra de nosso povo de que eu estou falando.
Digo aos 85 milhões de egípcios: Devem odiar os judeus do fundo de seus corações. [...] vocês tem conhecimento do que os judeus fizeram contra nós e de como Alá nos avisou sobre eles… Digo-lhes que a batalha está por vir, Alá seja louvado.
O profeta Maomé, cujas palavras são divinamente inspiradas, disse: “O Dia do Juízo virá quando os muçulmanos lutarem contra os judeus.” Isso significa que os muçulmanos devem se envolver [na luta]. Não é uma batalha qualquer.
Ele disse: “Os muçulmanos lutam contra os judeus, e as pedras e as árvores vão dizer: Oh muçulmanos, oh servos de Alá, há um judeu atrás de mim, venha matá-lo.” Até mesmo as pedras e as árvores os odeiam. A batalha certamente virá. [...] Oh nação de Maomé, Alá diz a você: Se você tem medo de guerra contra os judeus, preparem-se para a guerra contra Alá. Esta é uma guerra com os judeus ou uma guerra contra Alá.
Alá diz que toda a nação poderia ser substituída se não está preparada para sacrificar o seu sangue por causa da Palestina. Minha mensagem a todos os judeus é que a batalha certamente virá e vocês serão derrotados. Alá prometeu que vocês serão derrotados e que nós vamos prevalecer.
Digo a vocês que o nosso Profeta Maomé, cujo cada palavra acreditamos e seguimos – no momento em que assinaram o Tratado Hudaybiyya com Meca, a primeira coisa que fez após a batalha com a tribo coraixitas, apenas 20 dias após a assinatura do Tratado Hudaybiyya , ele liderou o seu exército e atacou Khaybar.
Por que, oh Mensageiro de Alá? Porque esses judeus são um câncer. Estes judeus são uma catástrofe. Não é uma catástrofe no mundo que não é obra dos judeus. Estes judeus são um câncer no corpo do planeta Terra, e, se permitido, ele vai se espalhar e infectar o corpo inteiro. Livrar-se desses judeus é uma obrigação.
Em um tom similar, o mufti Muhammad Hussein, líder religioso da Autoridade Nacional Palestina (ANP), disse que “A Hora (do Juízo Final) não virá até que lutemos contra os judeus. Ele fez um discurso durante a celebração do 47 º aniversário da fundação da organização política terrorista Fatah, em 9 de janeiro.
Durante sua fala, o líder muçulmano citou a mesma Hadith para pedir, claramente, o assassinato imediato de todos os judeus. Muhammad Hussein disse que a hadith sobre as árvores e pedras apontando onde os judeus se escondem vai se cumprir.
Uma pesquisa financiada pelo Projeto Israel no ano passado, constatou que 73% dos palestinos acreditam nesta “profecia”. Hussein, declarou ainda que: “Nossa guerra com os descendentes de macacos e porcos, ou seja, os judeus, é uma guerra de religião e de fé”. Não é a primeira vez que ele defende o extermínio dos judeus. Num discurso na mesquita de Al-Aqsa, em 2010, pediu para que todos os judeus fossem mortos.
O responsável por sua nomeação como autoridade religiosa oficial da Autoridade Nacional Palestina é o atual presidente, Mahmoud Abbas.
Assista:
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Traduzido e adaptado de The Atlantic, Memri TV e Noticia Cristiana
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