terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Igreja era usada para lavar dinheiro de quadrilha, pastor foi preso

Igreja era usada para lavar dinheiro de quadrilha, pastor foi preso
O diretor operacional e comercial do Grupo Filadélphia, empresa mineira que intermediava empréstimos bancários foi preso e sua quadrilha, que aplicava golpes financeiros foi desarticulada.
O presidente da empresa era o pastor Carlos Henrique Vieira, também pré-candidato à Prefeitura da cidade de Lagoa Santa. Ele usava a Igreja Pentecostal do Evangelho Pleno, com sede em Lagoa Santa, na Grande Belo Horizonte, para captar  interessados. O esquema montado por ele é chamado de “pirâmide”, e estava restrito a militares da Aeronáutica e fiéis da igreja, além de pessoas indicadas por eles.
Seis pessoas foram presas, incluindo dois diretores da empresa que são sargentos da reserva da Aeronáutica. Eles serviam de apoio para captar novos investidores em todo o país. Também estão com a prisão temporária decretada o 1º vice Presidente do Grupo Filadélphia e dos dois gerentes da Caixa Econômica Federal que participavam do esquema.
Além de prisão temporária, os policiais fizeram busca e apreensão na residência do pastor. Apurações preliminares revelam que pessoas tiveram prejuízos de até R$ 300 mil.
Essa “pirâmide financeira” gerou mais de R$ 10 milhões de prejuízo para investidores de 23 estados. A Operação da Polícia Federal apelidada de Gizé, nome de uma das pirâmides do Egito, foi deflagrada semana passada, após denúncia do jornal Estado de Minas.
A quadrilha fazia a publicação de contratos de empréstimo que pagavam juros de 2,5% a 5% ao mês mais poupança e a empresa Filadéphia intermediava os empréstimos bancários.
Por exemplo, se uma pessoa os procurasse para fazer um empréstimo de R$ 15 mil com um banco, eles a buscar R$ 25 mil, os R$ 10 mil a mais eram reinvestidos na empresa, que dizia pagava 4% de juros ao mês por esse valor.
A remuneração acima do valor de mercado atraiu interessados. Mas o administrador, ao invés  de aplicar os recursos, pagava os investidores com a verba oriunda de novos adeptos. Com o crescimento rápido do esquema, ficou inviável sustentar a base da pirâmide, pois era  necessário atrair centenas de pessoas. Começaram os atrasos nos pagamentos de juros e os primeiros investidores começam a retirar os montantes aplicados.
Centenas, ou milhares, de pessoas foram prejudicadas. A Polícia  fez o sequestro de 20 imóveis e apreendeu 40 veículos da quadrilha para tentar diminuir os prejuizos dos investidores lesados. Calcula-se que o esquema tenha gerado um prejuízo de R$ 10 milhões.
A igreja e também outras empresas ligadas ao grupo Filadelphia, incluindo uma construtora e uma revendedora de automóveis, eram usadas para lavar dinheiro e sonegar impostos. O lucro dava uma vida milionária ao pastor/empresário/político, que tem um  patrimônio declarado de R$30 milhões.
Com informações do Jornal Estado de Minas

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