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Foi o que bastou para que surgisse pressão pela exclusão da Arábia Saudita da Olimpíada. Em fevereiro, um relatório elaborado pela Human Rights Watch já denunciava a violação dos princípios olímpicos por parte do país muçulmano ao adotar políticas discriminatórias. Só para citar duas, o governo fechou, em 2009 e 2010, as academias de ginástica para mulheres, que também não participam das aulas de educação física nos colégios públicos. A amazona Dalma Malhas(foto junto como Príncipe Nawaf bin Faisal) era uma das apostas sauditas para Londres. Ela conquistou o bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2010, depois de receber um convite do COI para ir à competição – já que seu país natal não autorizou sua ida ao torneio. Dalma está desamparada, agora, uma vez que a cartilha olímpica não permite representações individuais.
No passado, a África do Sul já foi excluída dos Jogos durante o apartheid, o regime de discriminação racial. No caso das nações muçulmanas, estão em jogo questões políticas, religiosas e culturais. “Países islâmicos não querem que as mulheres se envolvam com o esporte, pois isso seria uma maneira de dar autonomia a elas. E o que se prega em alguns governos é que a mulher não foi feita para ter poder”, diz Katia Rubio, pesquisadora do esporte da Universidade de São Paulo (USP).
Regidas sob o wahabismo, uma corrente ultraconservadora do islã, as sauditas não podem viajar sozinhas para o exterior, não têm direito de dirigir nem de votar. A Arábia não tem importância nenhuma na geopolítica olímpica. Por outro lado, é o país muçulmano mais influente do mundo árabe, próximo dos Estados Unidos e das potências europeias. Resta saber como o COI irá se posicionar.
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