quarta-feira, 25 de abril de 2012

Religião cria barreira para atletas femininas não participar da Olimpíada/2012 – Confira…


A Arábia Saudita se recusa a enviar mulheres para Londres e corre o risco de ser banida da Olimpíada. Nunca houve uma Olimpíada em que todas as delegações contassem com pelo menos uma mulher entre os atletas. -Confira…Tem sido assim, principalmente, porque países muçulmanos insistem em enviar apenas homens para a disputa, sob o argumento denão violar as regras da sharia, a lei islâmica que impõe restrições à liberdade feminina. Depois da edição de Pequim, em 2008, em que dezenas de atletas muçulmanas exibiram corpos cobertos e véus, o Comitê Olímpico Internacional (COI) tentou aparar essa aresta. Pressionou Catar e Brunei, dois dos três países que boicotavam a participação feminina, e eles estarão em Londres com suas esportistas. Neste mês, porém, a Arábia Saudita,terceira seleção que jamais levou mulheres às olimpíadas, recusou-se a dar um passo contra a discriminação. “Não vamos avalizar nenhuma participação feminina saudita nos Jogos ou em outras competições internacionais”, avisou o príncipe Nawaf Bin Faisal.
Confira vídeo da IstoÉ sobre o tema abordado na matéria e comente…
Amazona medalha de bronze não será aceita por ordem do príncipe
Foi o que bastou para que surgisse pressão pela exclusão da Arábia Saudita da Olimpíada. Em fevereiro, um relatório elaborado pela Human Rights Watch já denunciava a violação dos princípios olímpicos por parte do país muçulmano ao adotar políticas discriminatórias. Só para citar duas, o governo fechou, em 2009 e 2010, as academias de ginástica para mulheres, que também não participam das aulas de educação física nos colégios públicos. A amazona Dalma Malhas(foto junto como Príncipe Nawaf bin Faisal) era uma das apostas sauditas para Londres. Ela conquistou o bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2010, depois de receber um convite do COI para ir à competição – já que seu país natal não autorizou sua ida ao torneio. Dalma está desamparada, agora, uma vez que a cartilha olímpica não permite representações individuais.
No passado, a África do Sul já foi excluída dos Jogos durante o apartheid, o regime de discriminação racial. No caso das nações muçulmanas, estão em jogo questões políticas, religiosas e culturais. “Países islâmicos não querem que as mulheres se envolvam com o esporte, pois isso seria uma maneira de dar autonomia a elas. E o que se prega em alguns governos é que a mulher não foi feita para ter poder”, diz Katia Rubio, pesquisadora do esporte da Universidade de São Paulo (USP).
Regidas sob o wahabismo, uma corrente ultraconservadora do islã, as sauditas não podem viajar sozinhas para o exterior, não têm direito de dirigir nem de votar. A Arábia não tem importância nenhuma na geopolítica olímpica. Por outro lado, é o país muçulmano mais influente do mundo árabe, próximo dos Estados Unidos e das potências europeias. Resta saber como o COI irá se posicionar.
post inforgospel.com.br – com informação ISTOÉ - por: Rodrigo Cardoso

Nenhum comentário:

Postar um comentário