sábado, 22 de setembro de 2012

Evangélica a menina Kim Phuc sai do inferno da Guerra para o Reino de Jesus e ensina Perdão


A menina Kim Phuc fotografada correndo de um bombardeio que devastou o povoado de Trang Bang na guerra do Vietnã em 1972. Teve um encontro com o evangelho do Senhor Jesus e hoje evangélica ensina as vitimas de guerra a perdoar em palestras pelo mundo.-Confira este testemunho e comente…
Em sua seção “Almoço com” o diário El Pais (O País) teve como entrevistada a hoje cristã/evangélica Kim Phuc, quarenta anos apósser vítima de bombardeio que atingiu a povoado de Trang Bang com bombas de napalm (produzida a base de gasolina gelatinizada)  no Vietnã. A enorme cicatriz que até hoje ainda arde em seu corpo a vietnamita compensa esta marca do que aconteceu com um grande sorriso em seu rosto arredondado.
Em 8 de junho de 1972, Kim e seus vizinhos do povoado de Trang Bang foram vítimas de um ataque estadounidense que o jovem fotógrafo Nick Ut imortalizou em uma fotografia que deu a volta ao mundo. Ouví-la reviver aquele momento da um nó no estômago. “ Estávamos a três dias refugiados num templo e de repente ouvimos vir os aviões e começamos a correr. Vi cair quatro bombas. Ouvi burum burum, um som mais suave do que eu esperava, e de repente tinha fogo por todas as partes, também em minha pele”- diz Kim Phuc.
Sua roupa de verão queimou por completo deixando seu corpinho exposto por completo a agressão das queimaduras na parte dascostas da cabeça aos pés. Dois de seus primos, de seis meses e três anos, morreram queimados. Ela sofreu queimaduras em 65% da pele e precisou fazer enxerto em 35% do corpo.
Phuc vê com frequência a “tio Ut”, como ela chama o autor da foto. Sem ir muito longe ela esteve com ele em Colônia (Alemanha) recebendo um prêmio patrocinado por uma marca de câmaras fotográficas. Depois, ela viajou a Madri para também receber um prêmio que a Instituição Save The Children concedeu a Phuc pelo trabalho desenvolvido pela sua ONG -The Kim Foundation-, que ajuda a crianças vítimas de guerra e conflitos aramados.
Kim leva pendurado no pescoço duas correntes: uma folha de arce e uma crucifixo. A primeira é o símbolo de seu país de adoção, Canadá, para onde  fugiu após uma escala em Moscou na época em que voltou e estudou em Cuba. “Eu precisava de ser livre”, diz Phuc, que ainda era um símbolo e por anos foi submetido a um rigoroso controlo do regime comunista.
Perguntada o motivo do segundo pingente em forma de cruz. Ela diz que descobriu a mensagem do Evangelho de Jesus e foi para o momento de sua viragem (o ponto de conversão). “Eu vivia sofrendo. Odiava minha vida, odiava à gente normal, odiava a quem me tinha feito tanto mal, as cicatrzes… Ler a palavra de Jesus me mudou. Não sou uma pessoa religiosa, mas tenho uma relação muito íntima com Deus. Falo muito com Ele. Quando me doem as feridas, oro. E quanto mais oro, mais paz encontro. Ele (Jesus) me ensinou a amar e perdoar”. Jesus não se cansa do repetir. “Minha missão é ajudar as outras pessoas que passaram pelas mesmas situação que eu passei a perdoar, a ser mais fortes por fora e por dentro”.
No Canadá Phuc e seu marido vivem com os pais dela e seus dois filhos —Thomas Hoang e Stephen Binh—. Desde 1986 só tem regressado uma vez a Vietnã, em 2004, depois da morte de um de seus irmãos, que também aparece na foto. Correndo, diante de sua irmanzinha nua. “Ele corria mais que eu”.
Kim Phuc é agora embaixadora de boa vontade da UNESCO. Prega uma mensagem de amor e reconciliação, com a palavra perdão como eixo. “Não podemos mudar o passado, mas com amor podemos isentar o futuro “, é uma de suas frases.
 UM TESTEMUNHO MUITO ESPECIAL
“Eu não sabia o que era a dor. Tinha-me caído da bicicleta alguma vez, mas a napalm (bomba produzida a base de gasolinagelatinizada) é o pior que podia e possam imaginar. O efeito após explodir é de queimar com gasolina por baixo da pele. Desmaiava a cada vez que as enfermeiras me colocava no tanque para cortar a pele morta pelo efeito da gasolina em minha pele. Mas não morri. Dentro de mim tinha uma menina pequena e forte, que queria viver”.
A recuperação não foi fácil. “Tive pena de mim mesma. Queria colocar blusas de manga curta e não podia. Olhava meus braços e me perguntava porque comigo? Cheguei a pensar que nunca teria esposo, nem iria me casar, nem teria um bebê”, afirma Kim, quem assegura que conseguiu superar graças ao amor da família e de Deus”.
DO INFERNO DA BOMBA NAPALM AO REINO DE JESUS
Enquanto Kim estudava medicina em seu país, encontrou casualmente um dos poucos Novos Testamentos que não tinham sido confiscados pelo governo comunista do Vietnã, e a curiosidade lhe levou ao ler; a mensagem de Jesus a impactou de uma forma especial. Nesse mesmo tempo foi a uma igreja evangélica em Ho Chi Minh. Num culto, no Natal de 1982, depois de escutar a mensagem do perdão e salvação que oferece Jesus Cristo, se entregou chorando a Jesus. Quando sua família soube que se tinha convertido ao cristianismo e que só queria seguir a Jesus e a nenhum outro deus, foi expulsa de sua casa.
No verão de 1992 casou-se com um vietnamita, colega de estudos. A viagem de noivos levou-os a Moscou. De regresso a Cuba, aproveitando uma escala técnica em Ganther (Canadá), decidiu ficar ali. “Não tinha nada”, recorda Kim”, “só a câmara e a bolsa, mas tinha fé e pensava: se consigo a liberdade vou ter de tudo”.
 REENCONTRO COM SEU “VERDUGO – (Algoz, carrasco)”
Quatro anos mais tarde, em 11 de novembro de 1996, Kim participou no Memorial de Veteranos de Vietnã, em Washington. Um dos assistentes ao ato era John Plummer, que 24 anos atrás participou na ordem de bombardear o povoado de Trang Bang,  que então vivia a menina Kim Phuc.
Durante esses anos, Plummer tinha sofrido uma culpabilidade extrema que lhe tinha levado ao alcoolismo e ao fracasso matrimonial; finalmente, sua história também terminou com um encontro aos pés de Jesus, que lhe deu uma nova vida, chegando a ser ministro evangélico. Mas a lembrança do bombardeio e a foto seguia produzindo-lhe uma grande dor. Nesse dia, escutou a Kim dizer “Tenho sofrido muitas dores físicas e psicológicos. Às vezes pensava que não ia poder viver, mas Deus me salvou, me deu fé e esperança.”
Ao sair no termino do evento, Phuc encontrou-se com Plummer, enquanto alguém lhe sussurrava ao ouvido quem era aquele homem que a olhava surpreso. Ela lhe estendeu os braços a Plummer e ele chorando a abraçou, sem dizer muita coisa, só conseguia dizer: “Sinto, sinto…”. Ela lhe respondeu: “Tudo bem, tudo bem. Perdoo, perdoo…”. Dois “inimigos” salvos e reconciliados na paz e o amor de Cristo.”
Kim Phuc, como temos dito, vive junto com seu marido e seus dois filhos em Toronto, e teve a satisfação de receber a visita de seus pais, e viram eles aceitarem a Jesus como Senhor e Salvador. Agora vivem com eles.
post inforgospel.com.br - com informação El Pais – via  ProtestanteDigital

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