segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Míssil lançado pelo Hamas atinge parte de Jerusalém e faz Israel declarar estado de guerra

Míssil lançado pelo Hamas atinge parte de Jerusalém e faz Israel declarar estado de guerra
Na última semana moradores do sul de Israel relataram terem sofrido com ataques de terroristas que escondidos em Gaza. Os relatos são de que cerca de 150 foguetes e morteiros foram disparados contra o território israelense, um deles atingindo a região de Jerusalém.
Esse foi o primeiro ataque a atingir a cidade de Jerusalém nos últimos 40 anos. De acordo com a BBC, veículos de imprensa de Israel e dos Estados Unidos informaram que um foguete foi lançado de Gaza e caiu no sul de Jerusalém, em Gush Etzion. Segundo a BBC, “bunkers estão sendo abertos para a população em Tel Aviv e em Jerusalém”. Segundo testemunhas, pela primeira vez os alarmes antiaéreos instalados há quatro anos soaram em Jerusalém.
O braço armado do movimento islamita Hamas reivindicou, em um breve comunicado, o lançamento do “foguete” contra Jerusalém e disse que se tratava de um “Qasam M-75″, conhecido no jargão militar como Fajr, de fabricação iraniana, segundo a agência EFE.
Como resposta à ofensiva do Hamas, a Força Aérea israelense realizou cerca de 300 bombardeios na Faixa de Gaza. A operação israelense contra Gaza foi desencadeada com um ataque aéreo que matou o chefe das ações militares do Hamas, Ahmad Jaabari. A resposta israelense incluiu também a convocação de 75 mil reservistas, o que indicaria uma iminente ofensiva por terra na região.
Através de folhetos lançados na região de Gaza, Israel se declarou sobre a ofensiva:
“Anúncio importante aos moradores da Faixa de Gaza: para sua própria segurança e responsabilidade evite estar nas proximidades de agentes do Hamas e instalações que representem risco a sua segurança. Mais uma vez, o Hamas vem arrastando a região à violência e ao derramamento de sangue. Em contrapartida, a IDF está determinada a defender os moradores do Estado de Israel. Este anúncio e seu conteúdo são válidos até que a tranquilidade e normalidade sejam restauradas na região”.
O aumento da violência na região tem gerado medo dos dois lados da fronteira. Moradores da Faixa de Gaza e de todo o Sul de Israel passaram os últimos dias monitorando os céus, com medo de se tornarem o próximo alvo dos bombardeios mútuos.
- Gaza é uma cidade fantasma. Tudo está fechado, escolas, comércio. Tem gente sem eletricidade, sem água. Há muito medo nas ruas a cada som de explosão de bombas israelenses ou lançamento de mísseis pelos grupos de resistência palestinos. Todos se preparam, agora, para uma possível entrada de soldados por terra – conta o jornalista palestino Yousef Al-Helou, de 32 anos, pai de três filhos.
A enfermeira israelense Racheli Friker, de 59 anos, moradora do Kibutz (nome dado às cooperativas agrícolas) Beeri, a apenas um quilômetro da região palestina, também falou do medo crescente na região.
- Não consigo fechar os olhos, porque toda vez que eu tento, soa mais uma sirene avisando que temos que nos esconder. Isso tem acontecido de 20 em 20 minutos. É aterrorizante! – conta Racheli.
Por Dan Martins, para o Gospel+

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