O embate entre as nações islâmicas do Oriente Médio e Israel é um fato que se repete há tempos e, aparentemente, não tem previsão de trégua. Há dois dias, Essam El-Erian, consultor do presidente egípcio Mohamed Morsi, afirmou que “Israel será destruído dentro de uma década“.
El-Erian é vice-presidente do Partido Islamista Liberdade e Justiça e fez as afirmações durante entrevista ao jornal Asharq Al Awsat: “A ideologia sionista fracassou e este projeto [Israel] está destinado a entrar em colapso nos próximos anos. Não existirá tal coisa chamada Israel. [A região] será chamada de Palestina, onde judeus, muçulmanos, cristãos, drusos e todos os demais povos que vivem ali serão cidadãos palestinos. Essa é a nossa fé, nós vivemos para isso e isso é nossa força”.
De acordo com o consultor e político, a existência do Estado de Israel foi uma tentativa de sufocar o desenvolvimento da democracia nos demais países do Oriente Médio: “O Projeto sionista na Palestina surgiu para impedir a existência da democracia nos países árabes e para impedir a unidade e desenvolvimento na região”.
Para El-Erian, “os judeus estão ocupando a histórica Terra da Palestina sendo eles um obstáculo para o direto retorno dos palestinos”. Segundo ele, os judeus que ocupam o território israelense devem “ir a outros lugares que consideram que são melhores para eles”. A notícia foi repercutida por diversos veículos de mídia, como o Telegraph, da Inglaterra.
A resposta da mídia israelense foi imediata, com formadores de opinião ressaltando que o governo do país nunca questionou a legitimidade do Estado egípcio, e que espera o mesmo tratamento.
O presidente Morsi designou um porta-voz para comunicar que o consultor El-Erian havia expressado sua opinião pessoal, que não é compactuada pelo presidente ou pelo governo.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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