segunda-feira, 4 de março de 2013

Contato religioso depende mais dos pais que da escola, diz teólogo


Contato religioso depende mais dos pais que da escola, diz teólogoContato religioso depende mais dos pais que da escola, diz teólogo
Em entrevista ao portal Terra o professor César Leandro Ribeiro, coordenador do Departamento de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) o contato com a religião depende do convívio familiar e não da escola.
A afirmação levanta os questionamentos sobre a lei do ensino religioso nas escolas, tema que divide opiniões não só entre os estudiosos, como também na própria sociedade civil.
Ribeiro diz que “a religiosidade está intimamente atrelada à experiência” e que crianças com bom relacionamento com seus pais ou figuras de autoridade aceitam a religião melhor que crianças sem este contato.
A explicação do coordenador da PUC-PR é que esta figura de autoridade projeta a imagem de Deus. Só depois de ter este tipo de relação aprendida em casa é que a criança sofrerá influências da comunidade externa, como a escola, por exemplo.
No que diz respeito a lei que obriga o ensino religioso, o professor assegura que este novo formato deve abranger o sincretismo religioso brasileiro, mostrando os diferentes credos e suas formas de culto sem entrar na parte confessional.
De acordo com a reportagem, as escolas precisam se adequar à regra de que não doutrinar as crianças sobre uma ou outra religião. “Não há doutrinação, mas uma apresentação de valores e rituais de cada religião”, diz a pedagoga Tânia Wiacek, que ministra aulas de Ensino Religioso na Escola Municipal CEI Belmiro César, de Curitiba.
Os pais podem decidir se o filho deve ou não cursar essas aulas. Tânia diz que a forma como ela aborda as religiões tem feito com que 100% dos alunos demonstre interesse pelo curso. “Cabe aos pedagogos explicar as aulas e explicitar que não há tentativa de doutrinação, mas sim uma apresentação de variadas culturas”.

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