Em entrevista ao portal Terra o professor César Leandro Ribeiro, coordenador do Departamento de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) o contato com a religião depende do convívio familiar e não da escola.
A afirmação levanta os questionamentos sobre a lei do ensino religioso nas escolas, tema que divide opiniões não só entre os estudiosos, como também na própria sociedade civil.
Ribeiro diz que “a religiosidade está intimamente atrelada à experiência” e que crianças com bom relacionamento com seus pais ou figuras de autoridade aceitam a religião melhor que crianças sem este contato.
A explicação do coordenador da PUC-PR é que esta figura de autoridade projeta a imagem de Deus. Só depois de ter este tipo de relação aprendida em casa é que a criança sofrerá influências da comunidade externa, como a escola, por exemplo.
No que diz respeito a lei que obriga o ensino religioso, o professor assegura que este novo formato deve abranger o sincretismo religioso brasileiro, mostrando os diferentes credos e suas formas de culto sem entrar na parte confessional.
De acordo com a reportagem, as escolas precisam se adequar à regra de que não doutrinar as crianças sobre uma ou outra religião. “Não há doutrinação, mas uma apresentação de valores e rituais de cada religião”, diz a pedagoga Tânia Wiacek, que ministra aulas de Ensino Religioso na Escola Municipal CEI Belmiro César, de Curitiba.
Os pais podem decidir se o filho deve ou não cursar essas aulas. Tânia diz que a forma como ela aborda as religiões tem feito com que 100% dos alunos demonstre interesse pelo curso. “Cabe aos pedagogos explicar as aulas e explicitar que não há tentativa de doutrinação, mas sim uma apresentação de variadas culturas”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário