terça-feira, 5 de novembro de 2013

Pastores do Quênia pedem armas ao governo para proteger igrejas dos ataques de extremistas islâmicos


Pastores do Quênia pedem armas ao governo para proteger igrejas dos ataques de extremistas islâmicos
Preocupados com os ataques contra as suas igrejas e congregações, alguns pastores da região costeira do Quênia estão pedindo armas ao governo do país como forma de se protegerem de extremistas islâmicos.
O pedido dos líderes religiosos foi motivado pelo crescente conflito religioso na região, que se intensificou recentemente depois que os pastores evangélicos Charles Mathole e Ibrahim Kithaka foram mortos dentro de suas igrejas.
Os líderes cristãos afirmam que os ataques aumentaram a devido à radicalização de jovens muçulmanos. Os ataques ocorreram em meio a protestos de muçulmanos que estavam sendo vistos como alvos na guerra de Nairóbi contra o terrorismo.
- Muitas de nossas igrejas não têm qualquer proteção. Elas não têm muros ou portões. O governo deve enviar fuzis AK-47 para cada igreja, para que possamos impedir que elas sejam queimadas, que a nossa propriedade seja saqueado e que nossos pastores e cristãos sejam mortos – afirmou Lambert Mbela, um pastor na igreja do pastor Mathole, durante seu funeral.
Segundo o Charisma News, três semanas antes dos últimos assassinatos, jovens muçulmanos incendiaram uma igreja do Exército da Salvação na área de Majengo em Mombasa, para protestar contra o assassinato do Sheik Ibrahim “Rogo” Omar.
O pedido divide a opinião entre os cristãos quenianos, enquanto alguns afirmam que o pedido de armas reflete a crescente frustração com a insegurança, outros dizem que a medida contraria os ensinamentos bíblicos tradicionais da não violência, ou poderia ainda colocar igrejas e congregações em mais risco.
O reverendo Peter Karanja, o secretário-geral do Conselho Nacional das Igrejas do Quênia, comentou o caso em uma entrevista coletiva em Limuru, perto de Nairóbi, afirmando que não acredita que armar os religiosos irá garantir a segurança, mas que esse pedido demonstra que os quenianos estão ficando cansados com tanta insegurança.
Karanja desafiou o governo a mobilizar pessoal e recursos suficientes para melhorar a segurança em igrejas, escritórios e residências sem ter que armar os líderes religiosos.
- O que não concordo é com que cada pastor deve ser armado para garantir que eles são seguros – afirmou.
Porém, alguns líderes muçulmanos, por sua vez, apoiaram o pedido dos pastores, mas disseram que deve haver um controlo completo de quem recebe as armas.

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