quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Arcebispo católico diz que imprensa “exagera” em casos de pedofilia




Arcebispo católico diz que imprensa “exagera” em casos de pedofiliaArcebispo católico diz que imprensa “exagera” em casos de pedofilia
O Cardeal George Pell, da Arquidiocese de Sydney, é a autoridade máxima da Igreja Católica na Austrália. Ele deu uma entrevista nesta terça-feira onde defendeu os padres das acusações de abuso sexual a crianças.
George acredita que imprensa está fazendo uma “campanha” contra os católicos no país, divulgando fatos “exagerados”.
Empunhando um volumoso dossiê, o religioso quer ter uma oportunidade de provar que não tentou encobrir casos de pedofilia envolvendo padres australianos.
“A Igreja Católica se esforça para apurar os casos e considera importante a investigação da polícia. Ficará provado que as denúncias são exageradas. Há uma campanha persistente da imprensa para atacar a Igreja nesse caso. Uma pergunta a ser feita é se é positivo para as vítimas esse furor da imprensa. A busca por justiça é um direito de todos. Estou pronto para cooperar totalmente. É uma grande oportunidade de ajudar as vítimas e desfazer exageros, separando fatos da ficção”, declarou.
Sua reação veio após a polícia divulgar denúncias de abuso sexual de menores em uma escola católica em Sydney. Com isso, a premiê australiana Julia Gillard anunciar a formação de uma comissão especial para investigar a pedofilia cometida por religiosos no país.
A principal acusação contra a Igreja Católica em várias partes do mundo é justamente a falta de punição. Os líderes abafam os casos e acabam deixando os abusadores livres da Justiça comum. Um estudo nacional encomendado pela Conferência Americana de Bispos Católicos à Universidade John Jay de Justiça Criminal, nos EUA alguns anos atrás, mostrou que dos 4.392 padres acusados, apenas 14,1% foram denunciados à polícia. O resto das acusações ficou dentro das dioceses, acobertado por líderes como o cardeal Bernard Law. As informações são do portal Terra.
Em março de 2010, o Papa Bento XVI divulgou uma carta pastoral condenando a pedofilia, algo que já era condenada pela doutrina católica. No documento, o Papa, mesmo tendo sido acusado de encobrir vários casos de padres pedófilos no passado, expressou a sua profunda “vergonha” pelos crimes de pedofilia cometidos pelos clérigos católicos, “pediu desculpa às vítimas” e disse ainda “que os culpados devem responder “diante de Deus e dos tribunais””.

Nenhum comentário:

Postar um comentário